Novo malware evasivo rouba dados e apaga seu HD se você tentar detectá-lo

 

Um grupo de pesquisadores do Talos Group da Cisco Systems descobriu a
existência de um novo tipo de malware que é capaz de tomar medidas impressionantes para evitar processos de detecção e análise. Entre as ações mais desesperadas de que o software nocivo é capaz está deletar todos os dados do seu disco rígido e, dessa forma, deixar seu computador inoperável.
Nomeado Rombertik pelos cientistas, o malware é um programa complexo que indiscriminadamente coleta tudo o que o usuário da máquina infectada faz na internet, com o provável objetivo de obter logins, senhas e outros dados sensíveis. O método de instalação, no entanto, não poderia ser mais batido: a infecção acontece ao clicar em anexos inclusos em emails maliciosos.
Mexendo com quem não está quieto
Fazendo a engenharia reversa do Rombertik, os pesquisadores descobriram que o software possui múltiplos níveis de funções de ofuscação e antianálise para tornar sua detecção mais difícil e para impedir que outras pessoas além de seu criador entendam seu funcionamento. Quando um dos seus componentes detecta que o programa está sendo estudado por um alguém, ele rapidamente se autodestrói – levando junto todos os dados do HD da vítima.
Ao perceber que está sendo analisado, o Rombertik toma uma série de medidas para conseguir sobrescrever o Master Boot Record (MBR) do seu computador e, ao conseguir fazer isso, ele reinicia a máquina e a prende em um loop infinito que impede sua utilização. Sempre que tentarem iniciar a máquina, os usuários ficarão presos em uma tela com os dizeres “Carbon crack attempt, failed”.
O MBR reescrito pelo malware contém dados sobre as partições de discos do computador e substitui seus bytes por informações nulas, tornando ainda mais difícil recuperar algo do HD sabotado. “Embora a talos tenha observado técnicas de antianálise e antidebugging em amostras passadas de malwares, o Rombertik é o único a ativamente tentar destruir o computador se detectar certos atributos associados com análises”, escreveram os estudiosos.
Bichinho esperto
Antes de sabotar seu computador, no entanto, o Rombertik usa outros métodos para tentar guardar seus próprios segredos. Para tentar evitar as ferramentas usadas para observar malwares em ambientes controlados de laboratório, o programa repete 960 milhões de vezes a escrita de um byte de dados aleatórios, o que causa um atraso capaz até de impedir que os comportamentos do software sejam documentados com precisão.
“Se uma ferramenta de análise tentasse registrar todas as 960 milhões de instruções de escrita, o registro cresceria para mais de 100 GB. Mesmo que o ambiente de estudo fosse capaz de lidar com um log desse tamanho, levaria mais de 25 minutos só para gravar esses dados em um disco rígido típico. Isso complica tudo”, afirmam os pesquisadores.
Depois de entender como o malware funciona e conseguir impedir que ele perceba que está sendo estudado, os cientistas do Talos conseguiram observar a função real do Rombertik. Quando o software detecta que um usuário está usando um navegador como Firefox, Chrome ou Internet Explorer, ele se insere no processo de funcionamento e passa a copiar tudo o que é digitado pelo usuário, independentemente do site que estiver aberto.
Precauções
Dessa forma, ele é capaz de ler qualquer login e senha antes que possam ser enviados via HTTPS, informações que então são enviadas para o criador do malware. Para evitar a infecção pelo Rombertik ou outros programas similares, o Talos Group recomenda manter seu antivírus atualizado, não clicar em anexos enviados por desconhecidos e adotar políticas sérias de segurança para emails.

 

O que são bots e botnets?

 

Dentre as ameaças existentes na Internet, um dos mais perigosos é o bot, um aplicativo capaz de se comunicar com os invasores que o colocaram em sua máquina. Este tipo de perigo é um dos menos conhecidos pelos usuários, e justamente por esse motivo ele merece destaque.

Da mesma forma que acontece com o Worm, o bot pode ser um programa independente, agindo e se propagando através do seu computador. Desta forma ele cria suas redes e espalha conteúdo perigoso através dela, prejudicando a você a aos seus amigos.

BOTS

Este tipo de ameaça leva esse nome por se parecer com um robô, podendo ser programado para realizar tarefas específicas dentro do computador do usuário afetado. Comunicando-se por um servidor IRC, o invasor pode ter total controle sobre o bot, indicando a ele algumas tarefas muito perigosas para o infectado.

Ter um bot em sua máquina pode ser algo muito perigoso, pois ele pode captar dados bancários, enviando-os para o invasor. Além disso, seu computador se torna veículo de mensagens perigosas, como spam e phishing, podendo ser a causa de problemas para outros usuários na Internet. É em geral desta forma que os bots se espalham pelos computadores dos mais incautos.

Botnets

Como o próprio nome já deixa claro, as botnets são basicamente redes de computadores infectados por bots semelhantes. Para quem propaga esse tipo de ameaça, ter centenas de computadores ligados com bots sob o seu comando é a maneira mais eficaz de espalhar os perigos propostos pelo aplicativo, na tentativa de fraudar e enganar os usuários.

PREVINA-SE

Como em todos os casos de ameaças para o seu computador, sempre vale o antigo ditado de que é melhor prevenir a remediar. Nem sempre nossos programas antivírus e aplicativos semelhantes estão preparados para remover as pragas, portanto, faça de tudo para não pegá-las.

Lembre-se de tomar muito cuidado com spam, phishing e todos os tipos de perigos existentes na Internet. Em muitos casos, um único clique é capaz de infectar o seu computador, portanto todo cuidado é necessário ao abrir emails e links desconhecidos.

No caso dos bots, é fundamental ter um bom firewall instalado, pois mesmo que o seu antivírus não o encontre, é possível ao menos impedir que ele se comunique com outros computadores, eliminando sua função principal de propagação.
Fonte: Tecmundo.

 

O que é PFC?

Ultimamente a sigla PFC tem aparecido com frequência, sem que a maioria saiba realmente do que se trata. 
PFC significa Power Factor Correction, ou fator de correção de força.
O PFC é um método extensamente reconhecido de reduzir as perdas de energia nas fontes. Ao reduzir as perdas, aumentando a eficiência da fonte, reduz-se também a geração de calor e a necessidade de refrigeração.
O resultado são fontes mais silenciosas, mais eficientes e uma redução na conta de eletricidade.

O PFC pode ser ativo ou passivo e a eficiência varia de um tipo para outro. Para se ter uma ideia melhor dos resultados de cada tipo veja a tabela abaixo:

Tipo da Fonte_____________Eficiência________Perda de energia 
Fonte Sem PFC__________de 50% a 60%______de 40% a 50%
Fonte Com PFC Passivo___de 70% a 80%______de 20% a 30% 
Fonte Com PFC Ativo_____de 95% a 99%______de 1 % a 5 % 

Pela tabela acima:
Uma fonte de 300W com 50% de eficiência no limite da carga vai consumir 450W, 150W serão desperdiçados na forma de calor.
Uma fonte de 300W com 70% de eficiência no limite da carga vai consumir 390W, 90W serão desperdiçados na forma de calor.
Uma fonte de 300W com 95% de eficiência no limite da carga vai consumir 315W, 15W serão desperdiçados na forma de calor.

Na Europa as fontes sem PFC não podem ser comercializadas, uma medida que combate o desperdício de energia.
Se você computar o tempo que seu micro fica ligado, com o desperdício de energia de sua fonte, verá que em pouco tempo uma fonte PFC se paga.
Fonte: www.boadica.com.br   

Glossário

 

Processadores 

É o “cérebro” do computador, sendo que é o responsável pelos cálculos e tomada de decisões dentro da máquina. O processador transporta os dados das unidades de disco para a memória e controla todos os circuitos integrados do computador. Um bom processador deve ser rápido e econômico no consumo de energia. As principais marcas encontradas no mercado são a Intel, que produz o Pentium e o Celeron, e a AMD, que produz o Athlon e o Sempron.

Memória RAM

Quanto maior a memória RAM de um computador maior será a sua capacidade de realizar tarefas simultâneas. Os usuários que trabalham com vários programas abertos ao mesmo tempo devem estar atentos a essa característica na hora de comprar um PC. Hoje em dia, é possível encontrar no mercado computadores com RAMs que variam de 256 MB a 8 GB.

Capacidade de HD

A memória HD, ou disco rígido, é a parte do computador em que são armazenados os dados, sendo considerada o principal meio de armazenamento, já que as informações não se perdem quando o aparelho é desligado. Atualmente, há HDs de 10 a 3000 GB. Existem ainda alguns HDs com mais de 3 TB, disponíveis para empresas.

Sistema operacional

É o programa que tem a função de gerenciar todos os recursos do computador. É ele que determina os programas que serão executados e que recursos o computador deverá utilizar para isso. Os sistemas mais comuns são o Windows e Linux.

Tamanho do monitor

Hoje em dia os computadores são produzidos nos mais variados tamanhos. Existem desde os compactos netbooks, com cerca de 10 polegadas, até os notebooks mais sofisticados, que podem ter uma tela de até 17 polegadas. Nos computadores de mesa temos opções com ainda mais polegadas. Na hora de escolher um monitor, é importante levar em consideração o tamanho do local em que ele será colocado. As telas maiores são mais indicadas para usos comerciais, e as menores para o dia a dia.

Bluetooth, Leitor de Blu-ray, Slot para cartão e Sintonizador de TV

Muitos computadores possibilitam vários tipos de compartilhamento e armazenamento de dados. Além das entradas USB e leitores de CDs e DVDs, alguns modelos vêm com a tecnologia Bluetooth, que permite a troca de dados sem fio. A maioria dos PCs conta também com entradas para cartões SD, para que seja possível ler e transferir arquivos de outros locais para o computador, como câmeras e celulares.

Nos PCs mais modernos, uma novidade que vem dominando o mercado são os leitores de Blu-ray, discos conhecidos como a nova geração dos DVDs. A vantagem desses discos está principalmente na qualidade da imagem e na capacidade de armazenamento.

Mas as inovações não param por aí. Atualmente também é possível assistir à TV diretamente do PC. Basta comprar um sintonizador de TV, ligá-lo à máquina e configurá-lo de acordo com o seu sistema operacional.

Como usar e preservar a bateria do notebook

É verdade que devemos tirar o carregador da tomada quando a bateria do notebook carregar por completo?

Não. Se você tem uma tomada a disposição e não precisa de mobilidade, é preferível manter o notebook conectado à tomada. Toda bateria possui vida útil limitada pelo número de cargas. Portanto, utilizá-la sem real necessidade acarretará um desgaste desnecessário que contribuirá para o abreviamento de sua vida útil.

É necessário remover a bateria caso queiramos usar o computador ligado direto na tomada?

Não. Atualmente, as baterias de íons de lítio não possuem o efeito memória – ou vício, como é popularmente conhecido. Esse fenômeno era comum nas antigas baterias de níquel cádmio, que precisavam ser totalmente descarregadas antes de iniciar uma nova recarga. Além disso, manter a bateria no computador evita que você perca seu trabalho em casos de queda de energia

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Bateria de íon-lítio para notebooks, o Li-Ion (Foto: Wikimedia Commons)

 

Deixar o notebook ligado o tempo todo reduz a vida útil da bateria?

Se o computador estiver sempre conectado à tomada, não. A vida útil da bateria é medida pelo número de vezes em que ela atinge o 100% de carga, ou seja, o número de carga e descarga – ou ciclos, se preferir. Se o computador permanece sempre ligado à rede elétrica sem que o nível de carga da bateria seja alterado, não acarretará nenhum desgaste na bateria.

A bateria estraga se deixá-la zerar?

Sim. Quando o sistema operacional informa que o computador precisa ser conectado em uma tomada pois a bateria está sem carga, na verdade, a bateria ainda armazena uma quantidade mínima de energia para mantê-la funcional. Se você deixar a bateria descarregada guardada por um longo período de tempo, essa carga mínima de funcionamento pode ser perdida. Se isso acontecer, a bateria fica inutilizável.

Por que meu notebook não ‘segura’ a carga da bateria?

A vida útil da bateria deve estar no fim. Provavelmente ela já atingiu o número de ciclos (recarga e descarga) suportado – algum valor entre 300 e 400. O tempo varia de acordo com o uso, mas as baterias não costumam durar mais do que dois anos funcionando com toda sua capacidade. Passados alguns anos, o desgaste natural faz com que a bateria não aguente mais do que alguns minutos longe da tomada. Nesse caso, a solução é apenas uma: a substituição.

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Bateria totalmente carregada (Foto: Reprodução)

 

Como descartar corretamente a bateria com defeito do notebook?

Olhe o manual do notebook. Nele, o fabricante é obrigado a especificar onde a bateria – e o computador – deve ser descartado. Caso não possua mais o manual, essa informação também pode ser encontrada no site da empresa. O local de descarte geralmente é um centro de assistência técnica autorizada. Jamais desmonte uma bateria ou a descarte no lixo doméstico.

Tem problema comprar uma bateria ‘pirata’?

Se a bateria atende todas as especificações técnicas do fabricante, não. Para descobrir esses dados, remova a bateria original do seu computador e observe a tensão elétrica (voltagem) e a corrente elétrica, tanto de entrada quanto de saída, e compare com as especificações da bateria que pretende comprar. Se todos os dados baterem, a bateria é totalmente compatível. Caso contrário, melhor não arriscar.

 

Fonte: Techtudo Notícias

Ransomware

Logo para artigosRansomware é um tipo de malware que restringe o acesso ao sistema infectado e cobra um valor de “resgate” para que o acesso possa ser reestabelecido.

 

Esse vírus é distribuído através de arquivos anexados por e-mail ou por acesso a sites maliciosos.

Importante: Atualmente não existe nenhuma forma de descriptografar esses arquivos após sua infecção. A única oportunidade de lhe salvar é tendo um bom backup atualizado e “fechado”

Um exemplo deste tipo de malware é o Arhiveus-A, que compacta arquivos no micro da vítima em um pacote criptografado. Depois, informa que os arquivos somente poderão ser recuperados com o uso de uma senha de 30 dígitos que a vítima receberá após efetuar sua compra em um site do atacante. Trata-se de um golpe, pois a vítima irá pagar uma quantia pelos arquivos em um suposto “resgate” dos dados e ao fim não receberá senha alguma, tendo de recorrer a outros meios para tentar conseguir recuperar seus arquivos.

Os Ransomwares não permitem acesso externo ao computador infectado como os trojans, a maioria é criada com o propósito comerciais, geralmente são detectados pelos antivírus com uma certa facilidade pois costumam gerar arquivos criptografados grandes, embora alguns possuam opções que escolhem inteligentemente quais pastas criptografar, ou então, permitem que o atacante escolha quais as pastas de interesse.

Confira na lista abaixo as extensões atacadas pelo vírus:

xls
wpd
wb2
txt
tex
swf
sql
rtf
RAW
ppt
png
pem
pdf
pdb
PAS
odt
obj
msg
mpg
mp3
lua
key
jpg
hpp
gif
eps
DTD
doc
der
crt
cpp
cer
bmp
bay
avi
ava
ass
asp
js
py
pl
db
c
h
ps
cs
m
rm

 

Origem: Wikipédia

 

Razões pelas quais os estabilizadores atrapalham a fonte do PC

Cansei de tanto explicar essa questão e desse modo preferi fazer um tópico a respeito. Sei não é um assunto novo, mas a insistência e a desconfiança se isso é real ou não, redundaram nessa matéria ai de baixo sobre estabilizadores…

Espero seja útil..

De um modo bastante simples, sem muito aprofundamento, vou tentar lhe explicar as três principais agressões feitas pelos estabilizadores à fonte de alimentação do PC:

Inicialmente há que conceituar o que o estabilizador faz, como faz, como age..
Um estabilizador nada mais é do que uma chave seletora de um de alguns “taps” (tomadas de saída) de um transformador ou de um autotransformador. Veja ai abaixo uma simplificação dessa topologia.

Diagramasimplificadodoestabilizador

Desse modo, é simples de se ver que o nome estabilizador não é a melhor definição para o mesmo, sendo que o mais correto seria seletor de tensão, cuja função é a de escolher dentre as tensões disponíveis a que se encontra mais próximo de 115 Volts AC, por exemplo. Para fazer essa seleção é natural e esperado que essa chave seletora saia de uma posição, e somente depois, passado um tempo, curto até, atraque, faça contato com outra posição de saída, pois se não der esse espaço de tempo haverá sobreposição de tensões de diferentes valores e isso significaria colocar a saída em curto circuito.. Sabido desse princípio de operação vamos ao que interessa…

1ª Agressão:
Ao ter que desligar de uma das saídas para logo após tomar a outra saída, passado um tempo, o que acontece com a fonte é que ela é desalimentada nesse intervalo de tempo, por menor que ele seja, os capacitores da fonte iniciarão um período de descarga que se continuado poderá levar a desalimentar seu PC. Esse tempo entretanto é curto o bastante para que a tensão dos capacitores da fonte não chegue a valores tão baixos assim que desarme seu PC. Cai a tensão sim sobre esses capacitores mas não a ponto de desligar seu PC.
Veja ai uma ausência de tensão dessas numa passagem de seleção típica de um estabilizador.. O famoso Tlec. Essa dai é a visão de um ciclo da senóide da rede elétrica.

ImagemdeumTlecdoestabilizador

Se olharmos as características de uma fonte qualquer, lá nas especificações, se pode ver que seus capacitores são dimensionados para aguentar o tempo de um ciclo, 16 a 17 mili segundos aproximadamente segurando seu PC numa boa…
Veja ai e pode procurar em qualquer outra boa fonte pela mesma característica..

Holduptimedasfontes

Aquele tempo ali acima, visto no osciloscópio representa mais ou menos cerca de meio ciclo, talvez um pouco menos de distúrbio nessa alimentação da fonte, na hora do chaveamento da seletora do estabilizador, de modo que os capacitores não estarão descarregados totalmente, mas a ponto de ficar….

Até ai nada de mais, a chave seletora está trocando de posição para busca de uma “tensãozinha” melhor um pouco, enquanto isso sua fonte está sem escada e pendurada no pincel…
Agora é que vem o problema… Fontes de alimentação, quando você as liga, ao chegar em seu PC para fazê-lo trabalhar, tem uma partida estressante demais, pois seus capacitores estarão completamente descarregados. Essa corrente de carga dos capacitores eletrolíticos tem um nome, se chama “inrush current”, ou corrente de partida.
As fontes tem obrigatoriamente um dispositivo destinado a limitação dessa corrente de partida para que elas, essas correntes de partida, não assumam valores catastróficos e danosos para toda a etapa de entrada da fonte. Esse dispositivo se chama termistor, e tem um funcionamento muito simples e fácil de entender. Ele é um NTC (Negative Temperature Coeficient). Ou seja, traduzindo, ele é um componente resistivo que tem um coeficiente de resistência negativo, ou seja temperatura aumenta, a resistência diminui. Os termistores normais das fontes costumam ter uma resitência de 10 a 20 ohms quando em temperatura ambiente, reduzindo para menos de 1 ohm quando se aquece…

Ora, ao ligar a fonte o termistor está na temperatura ambiente e se tem desse modo um resistor de 10 a 20 Ohms em série com a alimentação e desse modo é capaz de limitar a corrente de carga dos capacitores da fonte. Ao passar essa corrente por dentro do termistor ele se aquece e durante o funcionamento normal da fonte ele é na verdade um resistor de menos de 1 Ohm que em nada atrapalha a fonte… Acontece que ele, para esfriar toma um tempo de no mínimo 1 minuto, senão mais.
Algum de vocês já ouviram alguma vez a recomendação de que, ao desligar algum aparelho eletro-eletrônico se esperasse, se desse um tempo para somente então liga-lo novamente. Pois justo esse tempo se destina ao resfriamento do termistor, para que no novo religamento ele possa estar lá cumprindo a função do mesmo..
Veja agora a “inrush current” típica de uma fonte. (são dados técnicos possíveis de serem encontrados no site das fontes quando o fabricante é lá coloca os dados).

Inrushcurrenttpico

Veja ai… Essa fonte consultada garante uma corrente menor que 80 Amperes na hora da partida.. Eis ai a explicação daqueles “TUUUM” que acontecem ao ligar uma fonte.. Se ela estiver alimentada por um estabilizador por um no-break vocês sentirão que eles vão certamente “se peidar” para fornecer essa corrente dai.. O estabilizador, se mais fraco um pouco, vai metralhar alguns tlecs, pois não aguenta essa corrente dai..
Já vi muitos no-breaks mais simples “abrirem as pernas” ou nem sequer partir quando da “ligada da fonte”…

Isso tudo por causa da necessidade de carregar os capacitores da fonte, e mesmo com o protetor trabalhando, o termistor, que estava frio, ela, a fonte exige e exige muito na retomada da energia em função da tarefa árdua de carregar os capacitores..
Mas voltando a linha de raciocínio da explicação do porque o estabilizador atrapalha a fonte.. É fácil de concluir agora…
Se sabe que os capacitores, na comutação da chave seletora do estabilizador, não se descarregam até o fim, e isso é bom, um ponto positivo, mas em compensação tem um outro tremendamente negativo, nosso conhecido termistor, cuja função é limitar a corrente de entrada, que leva mais de minuto para se esfriar e voltar a ser operacional, estará tendo somente 8 mili segundo para tal. É isso mesmo, somente 0,008 segundos. Ou seja, o termistor estará fora dessa dai. A fonte e toda a sua etapa de entrada, seus filtros seus diodos tudo isso vai tomar uma corrente muito forte, mas muito forte mesmo, tão logo a chave seletora do estabilizador aportar no tap escolhido para fornecer tensão ao seu PC. Ou seja é uma porrada e tanto… Nem o fabricante especificou a fonte para isso, uma porrada em cada tlec do estabilizador. Ou seja, as fontes aguentam pois são muito boas… É por isso que se queima tantas fontes de PC por ai. Tem um estabilizador na frente.
As fontes de TV, do som, do game, não queimam tanto assim. Vai ver se elas tem estabilizador antes delas??? É claro que não…
Éssa é a primeira agressão do estabilizador a fonte de seu PC. Cada Tlec uma porrada fantástica… Alta corrente..

2ª Agressão:
Já se viu que a corrente que passa na hora do Tlec do estabilizador é “power”, muito mais alta que a corrente normal de uso da fonte, pois se destina a recarregar os capacitores já com tensão bem mais baixa, e sem contar com o prestimoso auxílio do termistor, pois esse estará fervendo (de raiva) ..
Agora vou pedir que vocês que já estudaram isso pelo menos algum dia no colégio se recordem daquilo que lá vimos pelo nome de FCEM ou Força Contra Eletro-Motriz, que aparecia em um indutor no momento em que se cortasse a corrente elétrica que nele passava…
Quem não se lembrar visualize ai um livrinho de sacanagem no bom sentido, aqueles de dar choque… Uma pilha de 1,5 Volts , um indutor e um chispador, ou cigarra, ou campainha qualquer abrindo e fechando a corrente em cima do indutor são suficientes para gerar surtos de tensão de 60 a 100 Vezes maior que a tensão da pilha… É a FCEM.. Lembrem de como é gerada a faísca nas velas do motor do automóvel, é pela abertura de um indutor (bobina) e ai se consegue gerar surtos de tensão da ordem de 15 a 30 Mil volts, a partir dos 12 Volts da bateria do automóvel..
Ou seja: corrente, indutor, e abertura de circuito… É tudo isso que é necessário para geração de surtos de tensão..

– Mas indutor não é uma bobina de fio enrolada, assim como o transformador do estabilizador??? SIM…. 
– E abertura de circuito, não é aquilo que a chave seletora faz??? SIM..

Necessito dizer mais alguma coisa agora que vocês acabaram de conhecer uma excelente máquina de gerar surtos de tensão??? O estabilizador…

Não.. Pois vou lhe mostrar um desses surtos então.. Ai está, tem um valor próximo aos mil volts e se dá exatamente na abertura da chave , nunca no fechamento..

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Se vocês repararem a tensão de saída, depois da comutação, é um pouco mais baixa, pois a decisão naquela hora, da lógica do estabilizador, foi a de reduzir uns 6 volts na saída do mesmo. Viram o pico sobreposto ao semiciclo negativo da rede elétrica. Esse foi o surto de tensão gerado pela abertura da chave seletora do estabilizador… Se essa alimentação fosse de 220 Volts o valor instantâneo daquele valor negativo da forma de onda da senóide da rede, no exato instante aonde o surto foi gerado seria de 220 x raiz de 2 = 311 Volts. Fica fácil de ver que o tamanho do pico gerado tem uma tensão de mais ou menos o tamanho da tensão pico-a-pico da rede de 220 Volts. Desse modo, o valor pico a pico ai seria de 622 Volts que somados aos 311 da tensão da rede dariam lá bem perto dos 1.000 Volts… Direto para a sua fonte de alimentação, sem coisa nenhuma na frente, nem sequer o fusível do próprio estabilizador… nada, nada, diretasso para a sua fonte segurar…

Esse, os picos de tensão, os surtos de tensão gerados pelo estabilizador, na hora da abertura de sua chave seletora, é a segunda agressão do estabilizador a fonte…

3ª Agressão:
É sabido que a ordem de grandeza de tempo necessário para que um estabilizador “corrija” a variação que ele porventura tenha sentido na rede elétrica é da ordem de 30 a 50 mili segundos. Vamos ver nas especificações???

Tempoderespostadoestabilizador

Veja ai menor ou igual a 3 ciclos de rede. O ciclo de rede de 60 Hz tem um tempo de 1/60 = 0,01666 segundos. Três desses ciclos terão um tempo total de 50 mili segundos… Esse é o tempo necessário para o estabilizador “corrigir” a tensão de saída, segundo seu processo de escolha e seleção de uma tensão melhorzinha para seu PC…

Ora, uma fonte dessas de PC não raramente trabalha na frequência de 50 Khz e conseguirá retroalimentar e corrigir as suas saídas como devem ser, independentemente de que você tenha ligado um chuveiro, que a luz tenha piscado ou por causa do aumento repentino de corrente pedido pela GPU pois chegou a hora de processar uma grande explosão na tela…
Bem, o ciclo dessa fonte tem uma duração de 1/50000 = 0,00002 segundos ou 20 micro segundos..
Pois é isso dai, em 20 micro segundos a sua fonte seja ela genérica ou super moderna de marca, recuperará e disponibilizará para seu PC as tensões de modo correto.
Então, quando o evento perturbador da energia acontecer, digamos a ligada do chuveiro, a fonte corrigirá tudo ai em seu PC em 20 micro segundos, reajustando a largura dos pulsos aplicados ao transistor de entrada de modo a compensar a queda da tensão provocada pelo ligamento do chuveiro.. Isso em 20 micro segundos..
Passados outros 2500 tempos iguais a esses mesmos 20 micro segundos, portanto chegando ao tempo de 50 mili segundos após o ligamento do chuveiro, o estabilizador “metido de pato a ganso”, vai lá e retoca a tensão e coloca mais ou menos 6 volts para colaborar com a tarefa que lhe foi atribuída…
Ao fazer essa miséria, a fonte, detetando a subida desses 6 volts vai lá, e em 20 micro segundos refaz a correção e tudo fica bem..
Desse modo, e de um modo muito simplista, se a fonte estivesse sozinha, no ligamento do chuveiro ela teria que trabalhar uma vez, para corrigir..
Com o estabilizador “ajudando”, ela terá que trabalhar duas vezes… E assim vai… Essa é a terceira agressão do estabilizador a fonte, ou seja, é decretada que sua fonte terá que trabalhar em dobro necessite ou não…

Poderia colocar ai uma série de outros problemas derivados da adoção do estabilizador , mas não de toda a culpa dele… Cito o maior e mais comum deles… A enorme maioria dos estabilizadores que estão por ai no parque de PC’s desse Brasil são estabilizadores de 300 VA de capacidade de entrega, a alimentar máquinas com fontes comuns de baixa ou média eficiência, em PC´s com 200 a 250 watts de demanda. Além do PC colocam lá, no estabilizador o monitor e sei lá mais o que. Se fizer as contas de modo correto estarão demandando mais de 600 VA de um estabilizador que foi projetado para fornecer somente 300 VA. Pronto para atear fogo na casa…

Finalizando e para alegrar o ambiente, dizia um colega (miptzi) numa visão tão bem realista quanto humorada do estabilizador ..

“Estabilizador é igual a zagueiro gordo… Chega sempre atrasado e quando vai ajudar o goleiro levantar, após ter tomado o gol, ainda pisa no saco do mesmo…

Espero ter dado uma visão clara do que realmente pega com relação a convivência do estabilizador com a fonte, sem “achismos” e de uma maneira simples e ao mesmo tempo sem deixar de lado a visão técnica da coisa..

Quanto a decisão de usar ou não o estabilizador, cabe a cada um, afinal a grana é vossa.
Eu, se quiserem saber, tem mais ou menos 15 a 20 anos que não os uso mais…

Quanto aquelas histórias de que o tio do primo do vizinho usa e nunca… e coisas do tipo.. me poupem. Os trato bem e em altíssimo nível a ponto de me dar o trabalho de responder de modo consistente o que foi solicitado… Ou seja, contravenenos que venham mas no mesmo nível e não sem embasamento algum..

Fonte: hardware.com.br/comunidade